sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Vereadores manifestam apoio à candidatura de Fábio Tokarski

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não acatou o registro da candidatura do atual vereador e candidato a Deputado Federal Fábio Tokarski. O candidato vai recorrer para continuar a disputar a vaga na Câmara em Brasília.

Segundo Fábio Tokarski a penalidade é desmedida, já que o pedido de impugnação aconteceu por um erro formal da prestação de contas da campanha de 2006, que correspondia a 2,65% do total. “Outros candidatos foram diplomados no Estado por falhas superiores a esse percentual”, explica. Por isso, Fábio Tokarski foi penalizado com a não diplomação como segundo suplente de deputado federal.

No ano de 2008, Fábio foi eleito vereador de Goiânia. Os vereadores da Capital, de vários partidos, se solidarizaram com a luta de Fábio Tokarski. Segue alguns depoimentos de vereadores goianienses:

Francisco Junior (Presidente da Câmara – PMDB)



“Pelo que conheço do vereador e da pessoa de Fábio Tokarski, não é só uma questão de injustiça, mas também de regras que não tenham ainda a abrangência e a maturidade para cumprir o efeito. Se a intenção é tirar do processo eleitoral o ficha suja, ou aqueles que não seriam fichas limpas, então ela não alcançou o objetivo. A situação do candidato e atual vereador Fábio Tokarski, não se enquadra nesse quadro. Ele não é ficha suja, é uma pessoa de bem, correta e honesta, que tem uma história que o dignifica. A dificuldade nas prestações de suas contas já foi justificado.

Estamos em um país que proíbe ser punido pelo mesmo problema duas vezes. Pelo principio da insignificância, onde a intenção da prestação de contas, visa mostrar que pouco mais de 2% que ele não conseguiu comprovar, não interfeririam de forma alguma no resultado eleitoral. Se a intenção da lei é impedir que fichas sujas ocupem funções publicas, e eu sou favorável a isso, o vereador Fábio Tokarski também é favorável. Mas nesse caso, não está alcançando o objetivo dela, ela está alcançando uma pessoa ficha limpa”.

Iran Saraiva (PMDB e ex-conselheiro do TCU)




“Fábio Tokarski está pagando por uma lei que veio com uma inteligência e burramente alterada dentro do congresso. Há um problema grave na temporalidade da lei. Ele está pagando por uma questão absurda. O candidato tem realmente que recorrer para dar uma interpretação por parte dos tribunais responsáveis pela justiça eleitoral e o Supremo também dar uma definição. Porque não podemos atropelar regras que o artigo cinco da Constituição garante. Lamento profundamente que uma formalidade leva um processo a um desvio, pois Fábio é um homem sério.

Agora, é preciso esclarecer o seguinte, há momentos que leis definem, por exemplo, o descumprimento de formalidades legais e joga a pessoa na irregularidade. E assim, automaticamente é uma lei complicada. Porque se desrespeita uma formalidade, passa ser regra para um tribunal decidir. Acho que jucidializamos muito a justiça eleitoral no Brasil. E normalmente aqueles que conseguem fraudar e fazer a grandes jogadas não são pegos. O bandido normalmente tem documento, o homem sério tem que provar que é honrado”.

Alfredo Bambu (PR)



“A justiça eleitoral não teve o cuidado de separar o joio do trigo. Todos foram colocados em um mesmo ‘chiqueiro’. Fábio Tokarski foi injustiçado. O TRE deveria deixar claro para a população o motivo da impugnação, mostrar a realidade explícita para a sociedade. Além de Fábio, outros candidatos como Pedro Wilson, José Nelto e Betinha também foram injustiçados. Os candidatos das classes mais pobres, que não têm parentes no judiciário ou condição de pagar um bom advogado, foram atingidos pela lei.”

Djalma Araújo (PT)



“A impugnação é lamentável. Pela trajetória dele, Fábio Tokarski é um parlamentar do PCdoB, sério e honesto. Eu nunca ouvi dizer que ele fez algo errado na política, mas ao contrário, é um parlamentar que sempre prezou pela dignidade e pela seriedade da política. O TRE praticamente virou uma casa de exceção, onde as pessoas são cassadas sem direito à defesa. Fábio Tokarski possivelmente não teve condição de pagar uma conta, mas dizer que ele é ficha suja aqui no Brasil, é uma aberração. Os ficha-sujas continuam no processo eleitoral, como Marcelo Miranda, Zequinha Sarney.

Não sei se é perseguição política contra o PCdoB ou contra o parlamentar, mas que deve ser revisto. O Fábio tem que continuar candidato a deputado Federal. Se quiserem caçá-lo de forma antecipada, me faz recordar do período da ditadura militar, onde a pessoa não tinha o direito de defesa. Mas agora, muitos ficha-sujas vão disputar a eleição, caso do Maluf, enquanto Fábio Tokarski é ficha limpa e um parlamentar extremamente correto e honesto. Já tive divergências com o PCdoB, mas não posso ser incoerente. O PCdoB tem contribuído muito para a democracia no Brasil. Fábio Tokarski está sendo julgado de forma sumária pelo TRE nesse processo que é injusto, ilegal, indemissível e inoportuno. Sou solidário e quero continuar defendendo o vereador Fábio Tokarski”.

Elias Vaz (Psol)




“A impugnação é uma injustiça tremenda. Conheço o vereador Fábio Tokarski e sua trajetória política. Muitos outros candidatos cometem abusos de poder econômico, o vereador não conseguiu quitar uma conta e ficou na dúvida se colocava ou não essa dívida na prestação de conta. Ele teve uma orientação equivocada, o que gerou um problema de formalidades. Tantos compram votos, abusam de poder econômico e, uma pessoa como o Fábio, comprometida, que tem uma trajetória ética não deve ser misturado.
Fico chateado de ver declarações sobre o fato, que não revelam os porquês. O caso está sendo tratado com superficialidade pela imprensa, se explicassem corretamente para a população, essa saberia que Fábio Tokarski não tem culpa.”

Simeyzon Silveira (PSC)



“A justiça está cometendo uma injustiça. O vereador Fábio Tokarski é um político histórico que na sua trajetória de luta sempre foi marcado por uma política de ideologia, sempre trabalhou em uma política correta. Nas suas campanhas nunca usou poderio financeiro e sempre fez uma história política de muita luta partidária e de idealismo. Hoje ele está sempre impugnado por uma interpretação da justiça, que não tem prejudicado apenas Fábio, mas outros líderes corretos. Infelizmente, a lei eleitoral desconhece e simplesmente ignora um histórico de luta, a trajetória de um político e se apega a questões mínimas que não interferem na ação política. Vemos interpretações totalmente equivocadas que interferem pessoas que tem uma história como o Fábio. Nós ficamos indignados e tem a nossa solidariedade. Esperamos que essa decisão seja revista. Torcemos para que a justiça nesse caso promova a justiça e não a injustiça.”

Geovani Antônio (PSDB)



“Manifesto minha solidariedade ao colega Fábio Tokarski. O conheço não dessa legislatura, mas tive a oportunidade de ser vereador com mesmo na legislatura de 96. E desde aquele momento e até mesmo antes, quando ele militou e continua militando no Partido Comunista do Brasil. Também tive a oportunidade de conviver com o vereador e reconhecer o seu espírito democrático. Ele sempre foi um parlamentar que dignificou e honrou o mandato que a população confiou a ele. É lamentável que dessa forma absurda tentem interromper uma trajetória de um parlamentar do nível e capacidade do vereador FT.”


Texto: Cejane Pupulin
Fotos: Rafaella Pessoa

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