
Por Luis Nassif, em seu blog
Desde março João Francisco vem alertando que a eleição iria acabar antes de começar. "Se olhar com olhar que tem uma teoria explicativa por trás do processo, vai entender o que está acontecendo", explica ele.Há cinco fatores determinantes nessas eleições, que dificilmente serão alterados até o dia da votação:
2) Satisfação com a maneira como governo está governando: quase 80% aprovam governo.
3) Admiração pelo presidente da República: 84%.
4) Identidade partidária: 25% das pessoas são PT. Os outros todos somados dão o tamanho do PT. E metade da população não tem partido mas rejeita o PT.
5) Diferença de tempo na TV: Dilma quase 40% a mais. Portanto, domínio sobre a variável campanha. Campanha é só tempo, diz ele. Não precisa entrar em discussão sobre competência, porque tem competência dos dois lados.
Esses fatores são constantes e dificilmente serão mudados até lá. Nem todas as eleições são assim, explica João Francisco, mas essa é.
As alterações que puderem ocorrer no resultado serão a favor de Dilma. Antes da pesquisa Sensus (que ele ainda não tivera tempo de analisar), 16% do eleitorado não sabiam sequer quem era a candidata de Lula. Cerca de 20% do eleitorado com tendência a votar em Dilma ainda não a conhece. Pode ser que nem apareçam para votar — dado o nível de desinformação a esta altura do campeonato. Mas, se aparecerem, votarão na Dilma.
Essas tendências são corroboradas na tabela do cientista social Marcos Figueiredo, que traça a média e projeta as pesquisas dos quatro principais institutos — Ibope, Sensus, Vox e Datafolha. João Francisco não recomenda a tabela do Estadão — que também trabalha com a média. A do Estadão recorre a uma regressão linear para projetar resultados, quando o correto — como faz Figueiredo — é a progressão logarítima.
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