
Lucia Rincon luta pelo crescimento, fortalecimento e autonomia da universidade pública, além de promover a gestão democrática com autonomia nas escolas e nas instituições privadas de ensino superior. As propostas da candidata são direcionadas para o combate da violência e o fortalecimento da assistência para a mulher e sua valorização.
A professora pretende desenvolver projetos que acelerem o crescimento econômico das diversas regiões do Estado com geração de emprego, distribuição de renda e valorização do trabalho. O comitê é situado na Rua 10, número 287, no Centro da Capital.
A candidata
Lucia Rincon afiliou-se ao PCdoB no fim da década de 70, já como professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), onde começou a trabalhar em 77. A professora afirma que se afiliou ao partido na procura pela lutas sindicais, com o objetivo de criar uma associação dos professores da Universidade Católica de Goiás.
No ano de sua entrada no PCdoB, em 1978, Lúcia participou do movimento em Defesa da Amazônia. “Nesse momento convidávamos pessoas para o movimento e também para o partido. As discussões sobre o partido tinham que ser clandestinas devido a ditadura”, fala. Lucia complementa que as duas lutas travadas - movimento em Defesa da Amazônia e a criação a Sindicato dos Professores- fortaleceu o PCdoB em Goiás e adicionou novos militantes.
Em 1981, juntamente com Consuello Nasser e Linda Monteiro, Lucia Rincon participou das discussões de criação do Centro de Valorização da Mulher (Cevam). “Precisávamos de uma entidade que pudesse aglutinar a luta da mulher para além da violência”, explica a professora. Assim, surgiu o Centro Popular da Mulher, em 1985, que debatia a emancipação feminina por um todo.
Para ela, as questões sociais deveriam ser debatidas, como o analfabetismo feminino. “A carga horária devido a dupla jornada – do trabalho na rua e o doméstico - chega a 80 horas semanais, e os aparatos sociais, como creches, restaurantes cidadãos ajudam a mulher a liberar um espaço de tempo para aprender”, fala.
Em 1987, ajudou na criação da Revista Presença da Mulher que unificava a política da mulher em todo o território nacional. Já no ano seguinte, participou em Salvador (BA), da criação do Conselho Nacional da Mulher (CNU), de onde é diretora licenciada. Até o último mês de junho, Lucia participava do Conselho Nacional do Direito da Mulher.
Para Lúcia, a mulher não deve aceitar a violência e principalmente entender que não merece um tapa. “Não somos desiguais, apenas diferentes”, afirma.
A professora é autora do livro "Imagens de Mulher e Trabalho na Telenovela Brasileira". Lúcia é graduada e mestre em história pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e doutora em educação pela UCG/ Unesp. Ela é casada há 29 anos e mãe de três filhos, todos estudantes.
Texto: Cejane Pupulin
Foto: Rafaella Pessoa
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